Já tivemos a oportunidade de ver em diversos posts do CD a importância de uma boa estratégia de comunicação, baseada na identificação efetiva do público alvo, escolha criteriosa dos canais de comunicação e muito suor e trabalho em grupo para colocar tudo isso em pé!
A pergunta que fica é… como podemos potencializar nossa criatividade para que a geração de novas ideias seja um processo divertido e não sofrido?
Vemos com frequência muitos grupos de comunicação extremamente capacitados do ponto de vista técnico (faculdades, cursos técnicos, entre outros), mas engessados, com grande dificuldade para gerar peças inovadoras. Por que isso acontece?
Nesse pequeno post, vamos tentar entender de forma resumida os grandes vilões da criatividade, a fim de evita-los, e ao mesmo tempo algumas pequenas dicas de geração de ideias que, quando utilizadas, podem resultar em uma comunicação muito mais impactante!
1. Divirta-se!
Um dos primeiros grandes vilões do processo de ideação é a “obrigação de se apresentar ideias mirabolantes”. Muitas vezes, nossas agendas apertadas, em conjunto com a pressão de se apresentar algo inovador a todo o momento, são grandes barreiras ao processo criativo.
Não se deixe levar apenas pela obrigação. Obviamente os prazos são importantes e os compromissos fundamentais, mas na essência, ame o que você faz e tenha prazer em testar coisas novas.
Pela nossa experiência, boa parte dos melhores vídeos que fizemos, melhores eventos, e melhores apresentações, veio de momentos de descontração entre amigos. O grande poder dessa forma de pensar e trabalhar é a proximidade que se gera entre a peça a ser desenvolvida e seu público-alvo.
2. Para ser criativo, não precisa ser complicado!
Outra armadilha que, de forma geral, costuma derrubar muitos profissionais de comunicação é a tendência de se imaginar que o mais elaborado é o mais criativo, ou seja, para se ter uma boa peça de comunicação é necessário muito trabalho de Photoshop aliado a filmagens nas melhores câmeras.
De fato, uma utilização eficiente das ferramentas disponíveis ajuda, e muito, mas não é tudo! Seja autêntico, busque soluções simples que possam traduzir uma realidade que é vivenciada pelas pessoas que devem ser impactas pela comunicação.
Apenas como curiosidade, sugiro uma olhada rápida no seguinte link: http://www.eba.ufmg.br/cfalieri/. Trata-se de uma publicação de uma universidade brasileira sobre fotos com uma caixinha de fósforo (pinhole). Você pode pensar que este tipo de trabalho é extremamente amador, mas não se engane! O fato é que quanto menores os recursos, maiores precisam ser as habilidades criativas.
Lembre-se sempre que o produto final esperado é uma peça de comunicação eficaz e não um trabalho exemplar de Photoshop.
3. Orientação para as pessoas
Um terceiro erro, bastante comum do processo criativo, é o esquecimento do fato de que a comunicação é feita para outras pessoas. Parece óbvio, mas não são raras as vezes em que nos deparamos com peças de comunicação extremamente elaboradas, e com toques de criatividade muito interessantes do ponto de vista técnico, mas que ao serem apresentadas ao público alvo, surtem pouco ou nenhum efeito.
O trabalho de comunicação é essencialmente voltado para as pessoas, as quais possuem personalidades diversas e formas de enxergar o mundo bastante distintas. Se o profissional de comunicação não for capaz de captar as nuances do seu público alvo (e podemos dizer que nas igrejas eles são muitos e extremamente diversos), não existe criatividade técnica que supra uma linguagem utilizada de forma incorreta.
Seja criativo no modo de elaborar as peças, mas não se esqueça de que a criatividade maior está na forma de tocar as pessoas!
4. Não trabalhe sozinho!
Uma coisa fundamental é a diversidade de formas de pensar. Dentro das igrejas temos pessoas com as mais diferentes formações e que vivenciaram contextos totalmente diversos, sendo esta mistura um ingrediente poderoso para a geração de ideias. É fato que sozinhos podemos ser muito criativos e criar peças de comunicação muito efetivas, mas nunca subestime o poder da diversidade de pensamentos.
Muitas vezes temos a tendência de fechar a discussão entre pessoas “entendidas” de comunicação, sendo estas as responsáveis pelas criações, ou até mesmo não envolver pessoas de outros departamentos e ministérios porque elas não estão no departamento de comunicação. Não se engane, porque estes podem ser erros fatais!
Quando falamos de criatividade, não existem regras e barreiras. Procure amigos que estejam interessados em ajudar e fomente reuniões informais para discussões sobre os temas a serem trabalhados. Essa atitude será a maior aceleradora do processo criativo e certamente produzirá respostas inimagináveis aos problemas que possam surgir!
5. Lembre-se que o dono da mensagem não é você
Em último lugar, mas não menos importante: Nunca se esqueçam de que os donos da mensagem não somos nós.
Provavelmente, quando trabalhamos em um escritório de publicidade externo, tendemos a pensar que a mensagem deve ser veiculada da forma mais criativa e trabalhada possível, mas, especialmente quando falamos da comunicação da palavra de Deus, os gostos de quem elabora a peça ficam em segundo plano, quando comparados à vontade de Deus.
Sempre se lembrem de que a comunicação sem propósito é vazia, e que nosso objetivo dentro das igrejas é servir de instrumento para atingir o maior numero de pessoas possível e informa-las de que Jesus é o único salvador.
Dessa forma, oração é fundamental. Certamente Deus irá à busca, não dos melhores técnicos, mas sim dos corações mais dispostos e tenho certeza absoluta, que no final, sendo esta a vontade de Deus, teremos a comunicação criativa na medida perfeita para o nosso público alvo.
E vocês? Como tem trabalhado o processo criativo em suas igrejas? Compartilhem com a gente!
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