LIÇÃO 33 - NARRATIVAS: ENREDO

LIÇÃO 33 – NARRATIVAS: ENREDO

Conforme continuamos nossa seção sobre narrativas, chegamos hoje ao terceiro componente para se alcançar uma boa história: o enredo. Obviamente toda história precisa de um enredo de alguma forma, no mínimo com começo, meio e fim. Mas o que faz com que ele seja um ótimo enredo? Quais elementos presentes vão definir que ele cative seu público e faça com que seja interessante?

Alguns teóricos consideram o cinema, onde está imerso nosso universo dos vídeos, como algo que transmite “impressão da realidade”. Outros, preferem caracteriza-lo com as propriedades de janela, onde se cria a ilusão de que fazemos parte do que está sendo retratado. O fato é que a relação entre as legendas, imagens, desempenho dos atores e a história e a tonalidade dela têm que obedecer a um fluxo que possui significado, tanto individualmente quanto em conjunto. Cada imagem é uma ideia e cada cena, a sucessão delas.

Nosso trabalho é selecionar as imagens que irão proporcionar a melhor forma de comunicar o que estamos querendo retratar ou discutir, dentro de um plano previamente calculado. Acredito que, para isso, existem dois elementos de cada enredo/roteiro/linha do tempo/ sequência que irão fadar seu vídeo ao sucesso:

1. UMA HISTÓRIA PESSOAL

Fatos são fatos. Eles são estéreis e estagnados, não carregam emoção ou personalidade. Embora possam ser úteis para provar argumentos intelectualmente, raramente são persuasivos para encorajar alguém a executar uma ação. Você já deve ter ouvido a frase: “Você nunca irá trazer alguém a Deus através de argumentos”. Ela basicamente significa que quando você está compartilhando o evangelho com alguém, o modo menos eficaz de se fazer isso é exatamente apresentar a palavra através de evidências empíricas para refutar as objeções deste alguém à fé. E isso acontece por que para a maioria das pessoas as emoções é que resultam em ações.

Por isso, cada vídeo que você faz deveria ter uma história pessoal presente em algum momento de seu enredo. Compartilhe um relato curto de um incidente da vida particular, uma história da sua vida, uma conquista ou um fracasso. Toda vez que você faz isso, você transforma a personagem da tela em uma pessoa real, com passado e futuro, vulnerabilidades e esperanças. E quando você o faz, a personagem se torna alguém com quem o público pode se identificar. Somos seres comunicativos e precisamos interagir com os outros, melhor ainda quando existem fatores em comum que podem facilitar esse relacionamento. Quanto mais conteúdo de verdade existir em suas histórias, mais fácil será conectar-se com as pessoas que te assistem.

É o mesmo efeito de quando o pastor começa a mensagem com uma história engraçada ou alguma experiência pessoal, você com certeza pode se imaginar na mesma situação ou de fato já viveu aquilo. Você precisa adicionar essa tática aos seus vídeos.

2. CONFLITO

Toda boa história precisa de um conflito, algo que a personagem consegue superar. Este é o motivo pelo qual a Bíblia fala em vários momentos a respeito do poder do testemunho, sobre compartilhar as histórias de superação, pois cada uma delas possui algum tipo de conflito. É fácil realizar isso, por exemplo, em vídeos de testemunhos de pessoas que irão se batizar: o conflito e a história pessoal já estão presentes!

Não podemos negar que gostamos dos finais felizes, por isso o conflito é essencial para que a história de superação nos fascine tanto. Mas cabe um aviso: como estamos produzindo conteúdo para igreja é importante, no entanto, que você não se prenda exclusivamente no conflito em si, mas em como e quais foram os meios para que aquela situação fosse superada e, no nosso caso, a resposta sempre será Jesus.

Vamos olhar para esses dois elementos – história e conflito – em ação em um vídeo que peguei de exemplo.

Este vídeo, chamado “Spelling Father” (Soletrando Pai), foi escrito e interpretado por Marshall Davis Jones e filmado pela Stillmotion. Você irá notar que a cinematografia dele é bem simples, com apenas uma locação e alguns ângulos diferentes durante todo o vídeo. O foco está no conteúdo, no enredo. Marshall Davis Jones começa contando uma história pessoal, um sonho que ele teve e é isso que nos atrai para o vídeo. Você se importa com ele, está interessado no que ele conta e, uma vez que tem nossa atenção, ele começa a apresentar o conflito. Este consiste em soletrar corretamente a palavra “pai”. Quando seu conflito é superado, ele nos demonstra seu ponto de vista, seu propósito, a tese do vídeo. E é sobre isso que será nossa próxima lição deste Guia. Qual o propósito de seus vídeos? Por que as pessoas deveriam se importar?

Vamos conferir no nosso próximo encontro. Até lá, pense em como você tem apresentado os enredos de seus vídeos. Adicione mais emoção.

Quer compartilhar com a gente suas técnicas? Escreva aí embaixo!


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